quinta-feira, 22 de julho de 2010

COTA PARA NEGROS NA FACULDADE

Fala amigos, tudo bem?
Hoje me recordei sobre uma matéria que li a alguns anos, na revista “VEJA”, que falava sobre “cotas para negros na faculdade” e acabei observando como isso é injusto com os estudantes que ficam de seis a oito horas estudando por dia, durante um ou dois anos para conseguir uma vaga na faculdade que ele sonhou a vida toda.
Essa cota, como diz o nome, é dada para as pessoas que são negras ou pelo menos se consideram negras. Para quem não lembra, a alguns anos atrás teve dois gêmeos idênticos fisicamente, um se dizia ser branco e o outro se dizia ser negro. O branco acertou mais respostas que o negro, e quem passou no vestibular? Claro que foi o negro, devido a sua “vantagem” por ser negro, ou seria sua “inferioridade”? Claro que não é inferioridade, isso é ridículo, homens brancos e homens negros são exatamente iguais, assim como japoneses e alemães.
Esse tipo de posição é a mais racista que existe e racismo é a atitude mais deplorável que tem no mundo.
Se perguntarmos aos deputados se eles aprovariam uma “cota para negros” no congresso, vocês acham que eles aceitariam?
Claro, no Brasil, a raça negra foi desfavorecida, desde que começou a sociedade brasileira, sendo feitos de escravos e sofrendo as mais terríveis violências e humilhações. Deveria sim, melhorar a vida de todos, não só do negro, mas da população brasileira em geral, dando oportunidades e fazendo com que desfrutem de seus direitos básicos que um cidadão deve ter, como uma boa educação.
Não descartaria uma porcentagem de cotas nas faculdades, até aumentaria a porcentagem, desde que, seja destinada a pessoas que realmente precisam. Pessoas que estudaram toda a sua vida em escola pública, que tem renda inferior a dois ou três salários mínimos, independente dela ser branca, negra, amarela, azul, qualquer cor. Afinal, quem tem menos condição financeira não tem a mesma vantagem de quem tem a renda superior a quinze salários, que estudou a vida toda no melhor colégio da cidade, e seria injusto concorrer por uma vaga com os mesmos critérios.
Não seria injusto um negro, filho de médico ter direito a cotas, sendo que o branco, filho do operário não tem a mesma condição de estudo?
Os defensores da “Cota para negros” falam que só 2% das pessoas que integram a faculdade são negros, sendo que 11% são brancos, falam em justiça e tudo mais, mas não seria injusto tirar de um para dar a outro? Alguém ficaria sem um lugar, só mudaria quem seria. Já que é assim, poderia aumentar o número de vagas nas faculdades, assim nivelaria as duas raças.
Deveríamos lutar para que o Brasil melhorasse sua educação, a formação de seus professores, a valorização deles, podendo assim, sentir orgulho da educação que temos.
Há outras inúmeras soluções e este é um caso a ser debatido durante horas, com os devidos argumentos.
Quero deixar bem claro, não estou na defesa de branco ou negro, sou completamente contra o racismo, não estou causando uma discórdia entre raças e sim querendo expressar minha vontade de melhora nas Universidades brasileiras, com um plano mais justo, independente de raça. O que eu levantei foi uma idéia que você pode pensar o que seria mais justo, cotas por classe social, raça, idade ou o que você pensar, basta refletir um pouco e ser um pouco justo com um país, que as vezes é tão injusto.
OBRIGADO!

Conversa de amigos:

Victor Ghiotto:
Sou entusiasta da ideia de termos cotas universitárias para os negros e para as classes menos favorecidas sócio-economicante por que, enquanto os brancos(ricos), dominavam totalmente as esferas da economia brasileira, por centenas de anos os negros eram tidos como escravos, e os menos favorecidos economicamente eram empregados que mal viviam com dignidade. E mesmo após a libertação dos escravos, os mesmos se marginalizaram na sociedade, pois tinham de aceitar (em nome da sobrevivência) condições desumanas de trabalho e moradia. Assim sendo, mesmo declarados como iguais, a igualdade jamais existiu (mesmo nos dias atuais). Na minha opinião, a questão não é ter ou não cotas universitárias para negros ou pobres (é questão de justiça que elas existam), a questão é quantificá-las e definir onde e quando aplicá-las. (ponta acesa, e bandeira vermelha na mão).





Luana:
Eu acho que um país que constantemente luta pela igualdade, o sistema de cotas é o maior retrato de como o sistema de ensino publico é uma porcaria. Tudo bem que existe grande diferença e que os alunos da rede publica saem prejudicados, mas e aqueles que pagam a escola a vida inteira??? Que se matam de estudar e vêem a vaga perdida pra alguém menos preparado? É frustrante, muito frustrante mesmo. Para mim, as cotas são uma maneira clássica de “tapar o sol com a peneira”, de manter a situação confortável que a rede de ensino está.

Um comentário:

  1. eu consigo ter várias visões em relação a esse assunto e acreditar que todas elas estejam corretas. o que não dá mais pra fazer é generalizar, cada caso é um caso.
    acho que independente de cotas, cor, classe social, ter estudado em escola pública, particular, cursinho... quem merece, quer de verdade e luta por isso, consegue entrar na universidade que quiser.
    eu estudei minha vida inteira em escola particular porque sempre consegui bolsa de estudo e se entrei em universidade boa é porque quis e fui atrás disso. conheço gente que tem dinheiro sobrando pra pagar ótimas universidades, estudou a vida inteira em escola privada e vai fazer faculdadezinha de fundo de quintal. assim como também conheço quem estudou a vida inteira em escola pública e se formou na usp.
    a única coisa que é indiscutível aqui é: a qualidade do ensino de base no brasil é uma merda mesmo e não dá pra negar. o que fazer em relação a isso, já dá assunto pra mais uns 3 blogs.

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