E aí meus amigos semanais, tudo bem com vocês?
Agora pouco estava navegando aqui pelo youtube e acabei vendo algumas coisas que me deixou bastante descontente e principalmente indignado quando vi e parei para pensar qual era a situação da nossa música, a música nacional.
Em uma época que não peguei e uma época que até peguei, quem fazia sucesso e o que era escutado eram bandas como Barão Vermelho, Raul Seixas, Raimundos, Los Hermanos, Paralamas, Mamonas e até mais recentemente bandas muito boas como Charlie Brown Jr, CPM22 e forfun. Bandas que fazem música não só pelo sucesso, mas principalmente pelo prazer de compor, gravar, tocar e fazer um bom trabalho.
Não é tão difícil ver qual é a situação atual da música, basta sair aqui em Olímpia mesmo, em um domingo, por volta das 5 horas da tarde e dar uma volta na avenida, vocês realmente vão ver como está caótica a situação atual.
São sons como “Crew”, “Vou te Enterrar na Areia”, isso pra não falar de tantos outros hits de verão que estão rondando por aí, e consequentemente produzindo uma grande poluição sonora e uma decepção para os admiradores de musicas produzidas com gosto e com muito talento.
O próprio vocalista do Parangolé, o “não sei o q” Santana, falou essa semana que sua musica “Rebolation” demorou 20 minutos para ser escrita, o que é muito pouco tempo para uma arte ser construída. Afinal, música é uma arte.
Não é para culpar compositores ou bandas, pois acredito que eles sejam os mais inocentes da historia, por serem quase que obrigados a produzirem o tipo de música que a galera quer ouvir, não podendo expressar seu verdadeiro sentimento e talento. Também encontrando pelo caminho obstáculos como altos impostos sobre os discos, a briga com a internet, onde possibilita que as pessoas baixem seu produto sem custo algum. E vejo que as rádios também são culpadas, por não abrirem espaço para um som de qualidade, exigindo que a arte seja em função da mídia e não a mídia em função da arte.
Não é do estilo que estou falando não, não to criticando se uma banda veste amarelo ou verde, até porque, antigamente eu achava muito pior. A galera se vestia inteira de preto, tinham cabelos longos, idolatravam a guitarra como uma deusa e amavam a morte. Pelo menos agora as bandas amam a vida e idolatram a alegria.
Eu to falando da sonoridade.
E eu não falo por somente um estilo de musica, até porque gosto de todos os estilos, desde que seja musica de boa qualidade. Podendo ser rock, sertanejo, pagode e até axé em um carnaval, é bem bacana.
Antigamente o sertanejo era escrito com o coração, os compositores falavam da sua vida no dia a dia, encontravam arranjos que davam gosto de serem ouvidos. Hoje o sertanejo é representado por frases como “Solteiro sim, sozinho nunca”.
Pensando bem, e analisando, acredito que o grande problema é com o publico, que exige, com todas as forças, que a música seja produzida só para ser ouvida, sem prestar atenção em sua letra ou melodia. Serve apenas para ser colocada no carro e sair por ai andando para mostrar seu som.
Eu até respeito que tem gente que goste desse tipo de som, mas entre nós, mesmo esse tipo de som, não poderia ter uma boa produção, bons arranjos e tudo mais?
Galera, nós que somos o publico, vamos virar esse jogo, vamos fazer com que a arte e o talento esteja acima de qualquer outro obstáculo. Vamos fazer com que a música ganhe em qualidade.
E qualidade musical o Brasil tem de sobra. Já nos mostraram Tim Maia, Tom Jobim, Cazuza, entre outros inúmeros músicos brasileiros.
Conversa de amigo:
Diego Moura
Bom, pra começar tenho que dizer que é muito legal participar desse blog, ainda mais abordando um tema que me interessa muito.
Música. A um tempo atrás era um privilégio para os músicos poderem gravar suas músicas ou seus discos, era mais difícil, o cenário era fechado e as banda tinham que ser realmente interessantes ou pelos menos se destacarem muito pra terem a oportunidade de serem aceitos em uma gravadora, e por isso davam o sangue e surgiam bandas e grupos monstros no cenário musical brasileiro como, Raimundos, Charlie Brown Jr, Dead Fish, Titãs, Paralamas do Sucesso, barão vermelho, Cazuza, entre outros que não rola coloca tudo aqui, não caberia, essa galera fazia o som de verdade, vivia a música, sentia a música, tinham ideais e idéias de protesto contra um governo pífio, ou sobre o descaso com alguma coisa que servia o coletivo e usavam sua fama e sucesso pra levar algum tipo de mensagem, cada um no seu contexto, enfim, a música tinha essência.
Atualmente o cenário da música brasileira beira o ridículo com bandas de modinhas sem conteúdo e público cego que aceita qualquer tipo de produto fabricado e manipulado pela mídia pra ganhar dinheiro, pra dar audiência, por ser bonitinho, enfim é quase um crime. Com o total apoio da internet eu posso te assegurar que qualquer idiota hoje em dia pode gravar, por na internet e ser um grande sucesso, mesmo não sendo um grande sucesso, mesmo sendo muito ridículo mesmo como é o caso dessas bandas de modinhas todas cheias de cores e cabelos espalhafatosos pra tentar esconder a nítida falta de talento musical de verdade porque, ser bem produzido é fácil o difícil é produzir bem. Pensar que Paralamas do sucesso, Titãs, Charlie Brown Jr e tantos outros não chegaram nem a ser votados no VMB desse ano em que a Banda RESTART ganhou como, além de artista do ano, levou revelação, banda pop, clipe do ano por “Recomeçar” e hit do ano por “Levo Comigo”. E não é só a banda restar, a ‘restart’ no meu modo de ver é só um bode expiatório pra um movimento para arrecadar dinheiro para as megas gravadoras e produtoras que monopolizam rádio, televisão e internet com conteúdo podre enquanto milhares de bandas de verdade ou músicos de verdade com boa música, bem feita, de qualidade passam a vida toda tentando e como diria alguém que agora eu não lembro, “Nada, nada e morre na praia”. Honestamente depois disso não sei direito mais o que pensar e o que dizer, só lamentar e esperar que quem for a próxima bola da vez tenha um pouco mais de rock nas veias atitude e um pouco menos de moda na cara...
Agora pouco estava navegando aqui pelo youtube e acabei vendo algumas coisas que me deixou bastante descontente e principalmente indignado quando vi e parei para pensar qual era a situação da nossa música, a música nacional.
Em uma época que não peguei e uma época que até peguei, quem fazia sucesso e o que era escutado eram bandas como Barão Vermelho, Raul Seixas, Raimundos, Los Hermanos, Paralamas, Mamonas e até mais recentemente bandas muito boas como Charlie Brown Jr, CPM22 e forfun. Bandas que fazem música não só pelo sucesso, mas principalmente pelo prazer de compor, gravar, tocar e fazer um bom trabalho.
Não é tão difícil ver qual é a situação atual da música, basta sair aqui em Olímpia mesmo, em um domingo, por volta das 5 horas da tarde e dar uma volta na avenida, vocês realmente vão ver como está caótica a situação atual.
São sons como “Crew”, “Vou te Enterrar na Areia”, isso pra não falar de tantos outros hits de verão que estão rondando por aí, e consequentemente produzindo uma grande poluição sonora e uma decepção para os admiradores de musicas produzidas com gosto e com muito talento.
O próprio vocalista do Parangolé, o “não sei o q” Santana, falou essa semana que sua musica “Rebolation” demorou 20 minutos para ser escrita, o que é muito pouco tempo para uma arte ser construída. Afinal, música é uma arte.
Não é para culpar compositores ou bandas, pois acredito que eles sejam os mais inocentes da historia, por serem quase que obrigados a produzirem o tipo de música que a galera quer ouvir, não podendo expressar seu verdadeiro sentimento e talento. Também encontrando pelo caminho obstáculos como altos impostos sobre os discos, a briga com a internet, onde possibilita que as pessoas baixem seu produto sem custo algum. E vejo que as rádios também são culpadas, por não abrirem espaço para um som de qualidade, exigindo que a arte seja em função da mídia e não a mídia em função da arte.
Não é do estilo que estou falando não, não to criticando se uma banda veste amarelo ou verde, até porque, antigamente eu achava muito pior. A galera se vestia inteira de preto, tinham cabelos longos, idolatravam a guitarra como uma deusa e amavam a morte. Pelo menos agora as bandas amam a vida e idolatram a alegria.
Eu to falando da sonoridade.
E eu não falo por somente um estilo de musica, até porque gosto de todos os estilos, desde que seja musica de boa qualidade. Podendo ser rock, sertanejo, pagode e até axé em um carnaval, é bem bacana.
Antigamente o sertanejo era escrito com o coração, os compositores falavam da sua vida no dia a dia, encontravam arranjos que davam gosto de serem ouvidos. Hoje o sertanejo é representado por frases como “Solteiro sim, sozinho nunca”.
Pensando bem, e analisando, acredito que o grande problema é com o publico, que exige, com todas as forças, que a música seja produzida só para ser ouvida, sem prestar atenção em sua letra ou melodia. Serve apenas para ser colocada no carro e sair por ai andando para mostrar seu som.
Eu até respeito que tem gente que goste desse tipo de som, mas entre nós, mesmo esse tipo de som, não poderia ter uma boa produção, bons arranjos e tudo mais?
Galera, nós que somos o publico, vamos virar esse jogo, vamos fazer com que a arte e o talento esteja acima de qualquer outro obstáculo. Vamos fazer com que a música ganhe em qualidade.
E qualidade musical o Brasil tem de sobra. Já nos mostraram Tim Maia, Tom Jobim, Cazuza, entre outros inúmeros músicos brasileiros.
Conversa de amigo:
Diego Moura
Bom, pra começar tenho que dizer que é muito legal participar desse blog, ainda mais abordando um tema que me interessa muito.
Música. A um tempo atrás era um privilégio para os músicos poderem gravar suas músicas ou seus discos, era mais difícil, o cenário era fechado e as banda tinham que ser realmente interessantes ou pelos menos se destacarem muito pra terem a oportunidade de serem aceitos em uma gravadora, e por isso davam o sangue e surgiam bandas e grupos monstros no cenário musical brasileiro como, Raimundos, Charlie Brown Jr, Dead Fish, Titãs, Paralamas do Sucesso, barão vermelho, Cazuza, entre outros que não rola coloca tudo aqui, não caberia, essa galera fazia o som de verdade, vivia a música, sentia a música, tinham ideais e idéias de protesto contra um governo pífio, ou sobre o descaso com alguma coisa que servia o coletivo e usavam sua fama e sucesso pra levar algum tipo de mensagem, cada um no seu contexto, enfim, a música tinha essência.
Atualmente o cenário da música brasileira beira o ridículo com bandas de modinhas sem conteúdo e público cego que aceita qualquer tipo de produto fabricado e manipulado pela mídia pra ganhar dinheiro, pra dar audiência, por ser bonitinho, enfim é quase um crime. Com o total apoio da internet eu posso te assegurar que qualquer idiota hoje em dia pode gravar, por na internet e ser um grande sucesso, mesmo não sendo um grande sucesso, mesmo sendo muito ridículo mesmo como é o caso dessas bandas de modinhas todas cheias de cores e cabelos espalhafatosos pra tentar esconder a nítida falta de talento musical de verdade porque, ser bem produzido é fácil o difícil é produzir bem. Pensar que Paralamas do sucesso, Titãs, Charlie Brown Jr e tantos outros não chegaram nem a ser votados no VMB desse ano em que a Banda RESTART ganhou como, além de artista do ano, levou revelação, banda pop, clipe do ano por “Recomeçar” e hit do ano por “Levo Comigo”. E não é só a banda restar, a ‘restart’ no meu modo de ver é só um bode expiatório pra um movimento para arrecadar dinheiro para as megas gravadoras e produtoras que monopolizam rádio, televisão e internet com conteúdo podre enquanto milhares de bandas de verdade ou músicos de verdade com boa música, bem feita, de qualidade passam a vida toda tentando e como diria alguém que agora eu não lembro, “Nada, nada e morre na praia”. Honestamente depois disso não sei direito mais o que pensar e o que dizer, só lamentar e esperar que quem for a próxima bola da vez tenha um pouco mais de rock nas veias atitude e um pouco menos de moda na cara...
A música não só caiu, como a juventude vem caindo muito.
ResponderExcluirA galera se contenta com pouca coisa, basta uma loira burra dançando uma música que nem tem notas de verdade,nem se quer tem tons e compassos. Computadorizadas, onde nem palavras tem. A cultura literária também foi deixada pra trás. Eu como estudante de música Erudita, me dói o ouvido, sair pelas ruas em um dia de Domingo, como disse o Lipe(autor do Blog. Estamos enfrentando uma poluição que ninguém nota, mas que é muito séria, a poluição sonora. Afinal, estamos evoluindo de verdade, ou estamos regredindo? Acho que o século XXI é século mais atrasado mentalmente e espiritualmente de todos. Uma pena!
Abraçoos